"A TENDA DE RAQUEL"
Valdemiro Mendonça
O viajante caminhava no deserto da ignorância
Sua mente pedia ansiosamente um gole de saber.
Aquele era o mais terrível deserto para atravessar
O sol queimava, mas não iluminava para ele ver!
O viajante já sem esperanças estava a tropeçar,
Não tinha mais passos firmes a vontade vacilava
Quando já desanimava, avistou perto uma tenda.
Na porta, uma menina! Não, uma mulher cantava...
Também não! Era uma bela e fulgurante guerreira,
E segurava uma espada grande pesada e brilhante,
Mas, ao aproximar-se, viu a imponente guerreira,
Transformando-se novamente na mulher cantante.
E a sua espada virou-se num jarro de água fresca.
E ela o convidou para entrar na tenda e conhecer.
Ao entrar ele percebeu que dentro havia muita luz,
Então bebeu a água que brotava da fonte do saber.
Ele sorvia devagar, saboreando cada trago tomado,
E em cada gole tinha escrito uma bela mensagem!
Enquanto bebia toda sede da sua mente era saciada,
Ele percebeu ser ali todo o propósito da sua viagem.
Por muitas vezes o viajante voltou á fonte para beber,
Quanto mais bebia da água mais a sede o consumia,
Então ele descobriu ser aquela uma fonte encantada,
A água eram versos feitos de encantamento e magia.
Cheios de poesia, de sonhos, de melodias e de beleza,
Atraindo visitantes impregnando-os de encantamentos
Para que eles não mais fossem embora daquela tenda.
Enchia de saber todas as dobras dos seus pensamentos.
Trovador.
Este poema eu fiz quando entrei na NET e conheci o blog de uma escritora chamada “Raquel” em 2003 acho que a maior poetiza hoje, de Goiás. "mesmo sendo mineira". Foi uma honra fazê-lo e vê-la aceitar, agora para não desvirtuar a simplicidade da homenagem que fiz à poetisa, eu mudei as rimas conservando, no entanto, à essência do poema no todo.