Virgínia
Que dizes quando só
à espera lúcida de um por quê
Ou o que julgas quando nós
Apertam, presos a você?
Dita-me o certo à liberdade
Sem pestanejar minha fé
E o que acumula-se à idade
Junto ao peito de uma mulher!
E caso queira somente a sós
Cantar-me a vida, a melodia
Eu faço - o estrondo de dois sóis
Perpetuando a luz do dia,
Sem teimosia, ordem ou caos
Qual nossos olhos afligia
Perder de vista a nau do cais
Ou a razão de ser Virgínia.