ERA SEGREDO, MAS...
Disseram? Pois, é... De certo há um pouco de verdade.
Ou talvez seja invenção do povo com falácias sem nexo,
Para dizer que leio, escrevo ou me identifico com o verso.
Sabe como é? O exercício de quem procura a serenidade.
Mas, a inspiração, caro amigo. Ah! Essa, eu ainda a tenho.
Sei que um dia será larga, enorme, e precisará de empenho.
Por enquanto está transparente, sóbria e espessa como fio.
Vendo, admirado a forma como descreves as fêmeas no cio.
Agradeço o carinho e me despeço num abandono desordenado,
Enrolando por ser pego e ter que responder, assim, improvisado.
Por que, colega. A poesia requer trato. Como carinho de mulher...
E trato vejo que tem nesse romantismo que, tão bem, demanda.
Um dia serei poeta como você, com rede, bela vista da varanda,
Pôr-do-sol, nada de Judiciário e um cão peludo para fazer cafuné.
Ao amigo Márcio Jandir.