Escroto dos infernos que pernoita à espreita
Ofuscando os veios poéticos no ato da emanação
Não sabendo, ele, que à inspiração, retine...

Nos corações sedentos de quem as imprimem.

Com rimas tresloucadas ou as avessas...
Sem métrica erudita ou regras fixas antigas,
Simplesmente o verso vem c'mo um dia bom...
Viceja seja noite ou seja dia p'ra o delite da poesia!

Na iniludível sensação que s’espraia...
Em motes de desilusão, ou não?!
Na correnteza do Vernáculo...
Que silente! Não faz nenhum obstáculo;
Nenhuma objeção! No ato da (re) construção!


Deixem o verso branco, o verso livre...
O verso arquitetado, o verso medíocre, 
O verso simples... o verso alado... vir vindo...

Entenda que no rio dos sentimentos...
O Vate vem e abre o portal da (in) credulidade!


Não s'importando com a crítica bem feita
Ou a crítica mal dita...afinal, ser poeta...
Não invalida desconhecer as regras ou sincretismos
No ato da criação, pois, como Ave ligeira...
Voeja indelével riscando os céus em oração.
 
Que venha o poeta torto, o poeta absorto...
O poeta enfadonho, o poeta tristonho...
Mas, que seja humilde e tenaz...
Pois, na selva deste mundo...
Destarte, encontrarás a paz!

 Siga infante e deixe fluir o melhor de ti...
Estude, absorva, e se comova, neste palco de devoção...
Onde, odes, hinos, sonatas, são refeitas p'ra o prelúdio,
Dos amantes da poesia que s’extasiam nas entrelinhas,
Do verso enigmático que cola e  s'enrola desenfreado...
No teu inexóral e (inin) telígível coração!

 







Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 25/03/2012
Reeditado em 25/03/2012
Código do texto: T3575354
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