A Noite D’Alfama
Em visita ao Bairro Alto D’Alfama
Lugar onde os Elétricos se harmonizam
Com o Auto Carro, os fados e a fama;
Ruas de pedras coordenadas e lisas,
Dando mesmo a s‘escorregarem de antigas
Caminhos estreitos e lembranças amigas.
Lá eu comi e bebi bacalhau e vinho nobre
Cinco anos de idade tinha o nobre amigo
Tão gostoso e aromatizado; puro cobre
Pesado nos bolsos; de pura uva de abrigo
O clima que ajuntam corpos a consumir
Tal vinho é aquele que arremete ao porvir.
De repente me senti nas calçadas baianas...
No corredor do pelourinho; mais limpo...
Fiquei com pena e saudade, ruas bacanas
Não das bacanais, mas do sonho Olimpo!
Monte onde os deuses permitem o abraço
Onde à noite, diante do Tejo, dá-me o braço...
Corri então para os braços de Morfeu
Não sem antes me despedir de Afrodite,
Baco permitiu-me acariciar o que é meu...
E os Deuses que se juntam; dedo em riste,
Mandam-me, de soslaio, sair devagarzinho...
E, sem zoada, fui buscar o meu ninho...
Em visita ao Bairro Alto D’Alfama
Lugar onde os Elétricos se harmonizam
Com o Auto Carro, os fados e a fama;
Ruas de pedras coordenadas e lisas,
Dando mesmo a s‘escorregarem de antigas
Caminhos estreitos e lembranças amigas.
Lá eu comi e bebi bacalhau e vinho nobre
Cinco anos de idade tinha o nobre amigo
Tão gostoso e aromatizado; puro cobre
Pesado nos bolsos; de pura uva de abrigo
O clima que ajuntam corpos a consumir
Tal vinho é aquele que arremete ao porvir.
De repente me senti nas calçadas baianas...
No corredor do pelourinho; mais limpo...
Fiquei com pena e saudade, ruas bacanas
Não das bacanais, mas do sonho Olimpo!
Monte onde os deuses permitem o abraço
Onde à noite, diante do Tejo, dá-me o braço...
Corri então para os braços de Morfeu
Não sem antes me despedir de Afrodite,
Baco permitiu-me acariciar o que é meu...
E os Deuses que se juntam; dedo em riste,
Mandam-me, de soslaio, sair devagarzinho...
E, sem zoada, fui buscar o meu ninho...