Sofia

Lembro-me bem de ti, das notas saudosas,

De teu sorriso como a santa sinfonia,

Das noites em claro, das serestas ruidosas,

No sonhar recorde-me de ti Sofia!

E quando dos teus olhos a luz se abrandava,

Como o farol que a nau alumia,

Em vaga lembrança, a tua lágrima me molhava,

Quantas noites tu choraste Sofia?

No entanto, do pranto se fez a pequena flor,

Que levas ao peito em alegria,

A iluminar-te a tua fronte no lívido palor,

E a chamar-te de bela Sofia!...

E como a escuna bravia na doce bonança,

Haverás em ventura ter a alegria,

No alvor do teu olhar em terna esperança,

Volverás a embriagar-te Sofia!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 17/03/2012
Código do texto: T3559011
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