NUNCA HOUVE TRÉGUA

A alma tinha saudade
Uma saudade doída
Ela buscava aflita
O rosto querido 
A voz, o jeito de falar
A risada sonora
A personalidade cativante
O coração terno
O jeito agregador

Será que nessa vida 
Não seria mais?
Será possível,
Que os folguedos de infância
As alegrias da mocidade
Tudo ficaria somente no arquivo da memória

Acontece que,
O coração não queria isso 
Nunca houve trégua para as lembranças
Muito menos para a saudade
Ah, impositora saudade
Voluntariosa saudade
Atrevida saudade
Que sempre existiu
Por vezes nasceu de simples fagulha
E se disseminou feito fogo que queima

Quem explica esse querer bem?
Quem pode entender um coração?
Quem pode descrever a saudade?
Quem pode avaliar a alegria do reencontro?

Explicar, entender, descrever, avaliar?
Creio ser impossível
O Amor é sentimento inexplicável
Se ama simplesmente
Ou simplesmente se ama



(dedicado a prima SELMA)


Lenapena
Enviado por Lenapena em 11/03/2012
Reeditado em 11/03/2012
Código do texto: T3547731