Encanto
De encanto se fez serena
Na correnteza que vem de dentro da mais alta floresta
Em remansos deslizar de águas
Na areia branca que na margem banca o rio empurra a lavra
E nos pássaros as mensagens das almas livres que vagam felizes
No estrondo da cachoeira quase perdida entre o verde
No igarapé que guarda vida sem saber
No canto oculto e culto do uirapuru
Num magnífico amanhecer...
Todas essas imagens batem dentro do peito pra valer
Marcam com verde e luz o olhar
Nunca mais será o mesmo viver
E aqueles que são marcados pela floresta
Tem a obrigação de abrigar aquela que é tão bela...
Seja eterna a solidão na floresta
Que os homens não maculem essa solidão
Que assim seja pelo resto da vida sem peleja
Bicho, rios, lagos, cachoeira
Floresta