Tempos no Caleidoscópio Interno
Véra Lúcia de Campos Maggioni®
Vera&Poesia®
Com carinho aos que compartilham suas vidas comigo.
Tangível fato nítidamente expresso:
No interior um acelerado batimento
sem acaso nem ocaso mas presente
por pura condensação e liquefação,
intermitentes, nos sentidos de_cifrados.
Estes entrelaçados num olhar quiçá
alucinado, envolvente ou aclamativo.
"Eus" dançantes na configuração exata
e aleatória aos véus multifacetados vejo-os
percorrendo o âmago dourado e dual.
Des_encadeando-se qual prisma vertido
numa flutuação contemplativa idêntica.
A evolução aromatizada desliza em bailado
de nuvens, amores, cubos, flores e olhos.
No desfiladeiro dos encadeados brilhantes
há uma multiplicidade de sensações ímpares,
verídicas ou alucinatórias que falam da história.
Nos trincos abertos à passagem cruzam-se
as certezas com as incertezas, numa corrida
desenfreada em busca de uma junção com
a esperança de branco-esverdeado vestida.
Sem chegada marcada nem partida definida,
simplesmente, eterna é a mut_ação evolutiva
dos tempos no caleidoscópio interno.
Estabelecidos em sentidos que já dispensaram
o marcador da ampulheta, e que vão e voltam
soltos como se nunca tivessem sido par_idos:
Num eterno renascer íntimo estão inclusos
os tempos...
Véra Lúcia de Campos Maggioni®
Vera&Poesia®
Escrito em dezembro de 2006
direitos autorais reservados
Véra Maggioni