À Mulher

Devora-me sucessivamente

Embriaga-me com tua presença

Lança-me na escuridão dos teus dias

E me aparas em teus braços

Enlouqueça-me com tua falta

Mesmo quando tua presença me sacia

Devoras meus dias insanamente

Até que eu finja não gostar

E vens na manhã de domingo

Tão suave quanto à brisa

Silenciosa quanto o trovão

Na lentidão de um raio

Na voracidade do teu olhar

Pois tu és tudo que supre

Que uni e arrebata

Tua és aquilo que ama e maltrata

O riso no choro

Tu és o mais puro tesouro

Das voltas, tu és o chegar.

O olhar triste na partida

O lenço acenando no portão

A dor que some na vinda

O abraço, o cheiro, o afago.

Tu és o aqui, no meu lado.

O carinho, a pele, o lençol.

O beijo, o sorriso, o filho.

A seqüência perpetua da vida

Tu és toda, em todas as saídas.

Humanamente tu és MULHER!

Genival Silva
Enviado por Genival Silva em 03/03/2012
Reeditado em 08/03/2012
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