Pedra de Ilhéus ( Coisas de Ilhéus )
O grauxá se escondia num buraco na praia da avenida,
Á beira mar repousavam as baronesas amarelando e tranqüilas.
Ao longe vermelha andava quando eu já tinha visto,
Na curva da maré em plena praia do Cristo.
Um caiaque do Badaca queria atravessar minha amada,
Toda a baía do pontal e te namorar na Maramata,
Roubado rosas, trocando em flores, dar te um presente, quando eu não tinha mais recurso,
Entre as trilhas e árvores do Morro de Pernambuco.
Quem deve morar na Pedra de Ilhéus,
São Jorge descerá da lua lá do céu,
Leve perfume de chocolate,
Invade as ruas do Iguape,
Minha linda do Savóia ,
Minha Morena do Nelson costa,
E na Urbis te paquerando,
Minha galega do Jardim Atlantico.
Linda toda ela linda, toda prosa,
Eu estava na avenida Itabuna, e ela perdida na Cidade Nova,
Entrei pela feira e fui a sua procura,
Ela tomava um drink num dos bares do Malhadinho de açúcar.
Agora eu vou lá curti o céu azul,
Nos coqueiros das praias do sul,
Uma serenata se tenta,
Pra índia de Olivença
Uma frase, um carinho
Um poema.
Num calor muito forte
Vemos o transatlântico da Praia do Norte,
Baiano por orgulho
Ilheense por sorte.