S O U, S A U D A D E!
Eu, sou a arte poética perdida
no imenso deserto da saudade eterna
onde uma prosa agora sem pena
anuncia ao vento minha dor ofendida.
Eu sou a noite escura
que brilha no coração da amargura
sem ninguém nem mais nada na ternura
dos versos já recitados com frescura
Também sou a despedida ingrata
e sobre o tempo rimo a lembrança
que faz chorar o olho da esperança
e inunda lágrimas na dolorosa ata
Eu sou, enfim, o motivo
de tu chorares sob as oliveiras
desse inolvidável lugar de eiras
onde se recita uma poesia com silvo
Agora sou a saudade que desperta
e atormenta seu queixoso semblante
punindo assim a despedida arrogante
que oferece a mim uma pétala certa...
Benguela, 22-02-2012
"Dedicatória ao poeta amigo inesquecível Hélder"...Eterna saudade!