DECLARAÇÃO DE AMOR II

Tantas vezes houve antes, no passado
em que em vão tentei olhar à minha volta;
foi tudo à toa! Esforço debaldado,
pois tua presença é a minha eterna escolta!
E a tua paixão, forte, embriagante ópio
que me absorve, por completo, toda a vida!
Olhe-me com lupa, ou com algum microscópio:
cada célula é, de ti, reproduzida!
E mesmo nos momentos de corpo ausente,
em que outras coisas me chamam a atenção
- inútil! No ar tu te fazes presente,
e me arrebata, inteiro, o meu coração!
Chego a escutar a tua voz rouca e clara:
"Amor! É a mim que pertences, tão somente!
E amo-te como a minha jóia mais rara!"
E de teu olhar vejo a grande chama, ardente!
És, tu, o meu fascínio, adorado, fatal!
E eu - voluntária escrava do teu amor!
Por todo o tempo existente, integral,
não duvides que és, de meu ser, o grão-senhor!... 


(Numa manhã de inverno)
Christina Nunes
Enviado por Christina Nunes em 17/01/2007
Código do texto: T349890
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.