ANTONINA

Certa vez conhecemos uma cidade

que de tão velha tem ares de menina.

Os dias de estada foram só felicidade.

Bons ares aqueles da pacata e bela Antonina!

Inspiração para o artista e o escritor,

que em telas retrata sua paisagem

e para aquele que escreve, faze-o com amor,

ao contemplar sua beleza como se fosse miragem...

Sossego, encanto, arte e cultura

se complementam no passeio pelas calçadas.

Cada edificação parece ter uma moldura

conservando a história do alto a baixo das fachadas.

Antonina é assim, com ruas estreitas e calmas,

pelas quais a vida parece seguir a passos lentos,

num ritmo e modo de vida que preenche as almas

e que as faz voltar em outros tempos...

Quarteirões compostos por casarios antigos,

por onde passam os blocos de carnaval.

A folia é organizada e contagiante, contam os amigos,

não é só uma cidade antiga, mas histórica e atual.

Há também o Mercado Municipal à margem da baia,

da onde, semicoberta de nuvens, dá para ver a serra.

Parece uma pintura no amanhecer e entardecer do dia,

um dos quadros vivos a enfeitar esta terra.

Valdemir Barbosa
Enviado por Valdemir Barbosa em 08/02/2012
Código do texto: T3487030
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