ANTONINA
Certa vez conhecemos uma cidade
que de tão velha tem ares de menina.
Os dias de estada foram só felicidade.
Bons ares aqueles da pacata e bela Antonina!
Inspiração para o artista e o escritor,
que em telas retrata sua paisagem
e para aquele que escreve, faze-o com amor,
ao contemplar sua beleza como se fosse miragem...
Sossego, encanto, arte e cultura
se complementam no passeio pelas calçadas.
Cada edificação parece ter uma moldura
conservando a história do alto a baixo das fachadas.
Antonina é assim, com ruas estreitas e calmas,
pelas quais a vida parece seguir a passos lentos,
num ritmo e modo de vida que preenche as almas
e que as faz voltar em outros tempos...
Quarteirões compostos por casarios antigos,
por onde passam os blocos de carnaval.
A folia é organizada e contagiante, contam os amigos,
não é só uma cidade antiga, mas histórica e atual.
Há também o Mercado Municipal à margem da baia,
da onde, semicoberta de nuvens, dá para ver a serra.
Parece uma pintura no amanhecer e entardecer do dia,
um dos quadros vivos a enfeitar esta terra.