Papai!

Eu cresci...

Nunca mais voltei

Pela estrada que juntos trilhamos

Eram mágicas, estreitas

Eram puras, perfeitas.

Agora a saudade

Faz o retorno obrigatório

No silencio do passado

Lembranças saem da alma

Mesmo longe não esqueço

Dos olhos mel a me apreciar

Silentes, sediciosos

Quantas vezes eu quis voltar

E revelar meu amor

Falar de nós, dos porquês da vida

De como cresci rapidamente...

Nesse momento

Seus ouvidos não podem me escutar

Nem seu lábio me beijar

Seus olhos não podem me admirar

Aquele abraço... Que vontade...

No silencio morro aos poucos

Ressuscitando as lembranças,

Que nunca mais voltará...

Saudades daquele tempo...

Até qualquer dia no céu...

Descansa nos braços de Deus...

Meu amor, meu Papai!

Luzia Ditzz,

Campinas, 02-02-2012.