MESTRE CARTOLA
Ao término do inverno do seu tempo,
Ao fim da sua estrada,
Quando seu corpo e sua mente
Quedaram-se, silenciosos como cipreste.
O pranto de um pequeno poeta
Jorrou de um peito vazio,
Que sem disfarçar sempre chora
A ausência de seu mestre, do poeta maior!
E se as flores pudessem falar,
Se as rosas falassem,
Com certeza nos diriam
Que sua música, Mestre Cartola,
Nas cordas de aço de um violão,
Nas cordas vocais de um cantor,
Transporta nosso espírito
A planos sublimes,
Junto ao nosso Grande Deus!
E a vida que você deixou, Mestre,
Neste mundo que é um moinho,
em seu eterno girar, um dia fará
Com que este pequeno poeta
Reencontre seu Mestre Maior!