MESTRE CARTOLA

Ao término do inverno do seu tempo,

Ao fim da sua estrada,

Quando seu corpo e sua mente

Quedaram-se, silenciosos como cipreste.

O pranto de um pequeno poeta

Jorrou de um peito vazio,

Que sem disfarçar sempre chora

A ausência de seu mestre, do poeta maior!

E se as flores pudessem falar,

Se as rosas falassem,

Com certeza nos diriam

Que sua música, Mestre Cartola,

Nas cordas de aço de um violão,

Nas cordas vocais de um cantor,

Transporta nosso espírito

A planos sublimes,

Junto ao nosso Grande Deus!

E a vida que você deixou, Mestre,

Neste mundo que é um moinho,

em seu eterno girar, um dia fará

Com que este pequeno poeta

Reencontre seu Mestre Maior!

George Abrão
Enviado por George Abrão em 05/02/2012
Código do texto: T3481315