Poema que te faço
Queria escrever-te
um poema soberano,
do querer mais humano,
de amor,
tal uma prece
a uma paixão sem idade
que não mais esquecesses
Poder cantá-lo nas ruas
cingidos pelo desabar do tempo
como um vôo sem asas,
cruzando o silêncio das serras
chegando a ti desarmada
como o gemido das águas
Seria um poema de luz,
no vôo de pássaros libertos
algo impreciso e fugaz,
uma canção,
depois do acorde final
Conceição Bentes
(Dedico esse poema a minha amiga/ írmã
Sonia Marinho)