Vulgo

Meu nome é algo atraente

Privilegiado de elogios moribundos

Aparência ainda é lisonja tola

Olhares não me enganam a toa...

Meus ares de mulher ardente

Vulgariza opiniões, infelizmente...

Provoco mais que antipatia

Anais da simpatia, coisa íntima minha.

Não faço nada para parecer

Não visto a carapuça da frescura

Falo alto e meus sorrisos fluem

Se falso é meu ser

Nunca saberei que vulgo ter

Conheço Paulas que se chamam Puta

Conheço Fabianas que se chamam Ingrata

Conheço o verdadeiro Eu

Teu e meu.

Porque somos batizados ao pensar

Me digas com quem andas

Te direi quem és

Chama-me de sobrenomes rivais

Eu lhe acenarei por qual nome chamar...

Conhece o dedo do meio?

Anatomia similar lhe cabe em cheio

Se andas com a máscara da falsidade,

Se não admite ser fútil tua maldade...

Vá mudar de nome e não me irritar

Teu vulgo é miserável

Meu nome é admirável...