Andarilho das letras
 
                     “Será que o poema
                             já existe antes de ser escrito?”
 
Giram palavras a minha volta
Excitam-se libertinas em raízes
Não pensam em origens
São seres simbióticos
E não sae escrevem
 
Borboletas multicoloridas
Folha de papel espiralando ao céu
Pequenos fragmentos de letras
Ou apenas símbolos?
 
Derradeiro ouvir de estado
Apenas gesto de significados
Procura de um compreender silvestre:
As palavras são indomáveis.
 
E aqui nesta arena das escritas
Sou mais que um poema solto
Pertenço a um café literário
Sou andarilhos das letras,
Corpo e alma de palavras.