A chegada

Breve findarei.

De mim restará a lembrança; Jamais eis de sorver de ti uma única partícula. Retiro-me.

Eis que é chegada a hora do rebento. Terás a sabedoria do mundo e do homem, Serás a replica do criador com mais virtude e asseio.

Retiro-me.

Da couraça leviana de nada pode servir, pois pouco acalentou e não aprendeu ofertar.

Terás o maior amor, tão logo serei inútil a servir.

Em algum momento será tomado por um breve desvario, e chamará por mim.

Verás que estou distante, mas jamais inatingível;

Retiro-me.

Para que o limite não exista e que a pele nômade possa ser seu tesouro, rico em descoberta;

Para que as historias sejam presentes infindáveis e que o brilho que nos renova os olhos nunca atinjam o fim e que a espera não lhe faça esmorecer.

Aguardo-te com esmero.

Aguardo-te aqui, para nosso reencontro.

Rebento.

Danilo Barros
Enviado por Danilo Barros em 21/12/2011
Código do texto: T3399889
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.