Yayá

Bem que dançarias a só um bolero

O filme de Chaplin, loa de Homero

a face nutrida nas palmas da mão.

Pudesses,contarias teus lero-leros

Desde a birra das chuvas com sol

E do Ângelus ser a voz que flutua.

Quisesses, porias as lágrimas no rio

Açude profundo de mimos de amor

Na proa disfarce das dores da alma.

Cantasses, atrairias o louva-deus

No salto sobre o caule de mil vidas

Na rosa devastante de desamores.

Bem que podias amarrar o tempo

Ou ser a capa dura do céu arrebol

Do divinal amor de um santo anjo.

Poema publicado também na página pessoal do autor Blog VERDADE EM ATITUDE (www.VERDADEmATITUDE.blogspot.com).

Thiago Azevedo
Enviado por Thiago Azevedo em 19/12/2011
Reeditado em 09/01/2012
Código do texto: T3396899
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