Yayá
Bem que dançarias a só um bolero
O filme de Chaplin, loa de Homero
a face nutrida nas palmas da mão.
Pudesses,contarias teus lero-leros
Desde a birra das chuvas com sol
E do Ângelus ser a voz que flutua.
Quisesses, porias as lágrimas no rio
Açude profundo de mimos de amor
Na proa disfarce das dores da alma.
Cantasses, atrairias o louva-deus
No salto sobre o caule de mil vidas
Na rosa devastante de desamores.
Bem que podias amarrar o tempo
Ou ser a capa dura do céu arrebol
Do divinal amor de um santo anjo.
Poema publicado também na página pessoal do autor Blog VERDADE EM ATITUDE (www.VERDADEmATITUDE.blogspot.com).