Clara Alice Clarice
Depois de uma vida de Quem
Sou eu? A escrever-se no frio
O cobertor protetor da inspira
Ação ti Midas, ousado ouro das
Palavras brotando da língua
Linguagem feminina Galinha
A nascer do Ovo da serpente
Carência mítica de solidão
Necessidade do mis mistérios
A afim nação espreita os
Manuscritos do êxtase em
Busca de se encontrar consigo
No cotidiano e se captar ação
Percepção essencial que
Possa justificar-se enquanto
Ser e humano. Estrela nessa
Hora de ser feliz em sendo
Macabéa a sorrir do quê?
Dos vaticínios já passados
Visões do fim do mundo
Já passou. Do mundo da
Moça que, como todas as
Moças do mundo só come
Em último caso, cachorro
Quente. Macabéa sempre
Em meio-tom sem fronteiras
Sem entender nunca e em
Último caso cara carente
Busca do impossível ente
Do entendimento que mis
Mistérios servem para jus
Justificar a vida que há de
Servir para pra alguma coisa.