ALZHEIMER
(Dedicado as mulheres portadoras do Mal de Alzheimer)
 
Quando a vejo assim, parada e perdida,
desmemoriada das coisas que já fez,
tão inerte e ausente deste mundo,
questiono-me por que tem que ser assim.
Esquecida do que foi a sua vida,
como uma flor que se entrega e definha,
com o olhar perdido e sem passado,
cadê aquele olhar que você tinha?
Você que era alegre e cheia de vida,
e expressava a razão de ser feliz,
irradiando otimismo e simpatia,
viver hoje com esse olhar sem fim.
Ah! Que bom... Tão bom seria,
ao invés dessa tamanha insensatez,
ver você andando tão faceira,
ter de volta seu sorriso outra vez.

 
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Cônsul POETAS DELMUNDO – Niterói – RJ
Valdir Barreto Ramos
Enviado por Valdir Barreto Ramos em 04/12/2011
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