Dedicações
Força ao vento que traz as areias do destino
Passos para quem está na inércia do parar
Para o olhar, a direção
Aos cegos, as cores do nascer do dia
Ao futuro, a condição de escolher
À natureza, a permissão da eterna paz
Aos fracos, a urgência da força
E à vida, o direito de nascer
(Levantem-se as mãos da esperança
Que carregam a essência da glória
Levem as dores embora
De qualquer forma
Resolvam as pendências do amor e da mente
Sonhar, então, não apenas pela vontade de escapar
Mas pela vontade da realidade que surge à frente)
Espalhe o fermento da força
Levante-se a solidez do olhar
Aos corações, que soem sua música diária
Escolham para quem deverão tocar
Saiam do esconderijo os indecisos
Voltem à casa os retirantes
Estejam sempre com o afago dos lares quentes
Mesmo que tragam caminhos diferentes
A companhia é melhor que a solidão
Viver o ciclo de dedicações
De mim para os outros, dos outros para mim
Na troca das palavras, sempre a verdade
No abraço, a sinceridade
Que muitas vezes estão até adormecidas
Carentes pelo despertar
Que sejam presentes as dedicações de fé e amor
Elas perpetuam as mãos dadas e a esperança
Equilibram os mundos do corpo e da alma
E fazem cair por terra as divagações.