ACORDES DE UM BANDOLIN
Nadir A. D’Onofrio
Homenagem Póstuma
Hoje em minha varanda
ouvindo doces, acordes de um bandolim...
Lembrei-me de você
a nostalgia, tomou conta de mim...
Todas as tardes eu o esperava,
ansiava pela tua chegada.
Ao vê-lo apontar na esquina deserta,
meu, semblante, de alegria transbordava...
Sua roupa, chinelo, para o banho eu levava,
depois, todo limpo e perfumado.
Chamava-me dizendo.
DI... venha cá... cadê meu abraço?
Ahhh... eu toda dengosa
para teus braços corria...
Com beijos, teu rosto cobria.
você, era tudo o que eu mais queria!
O que eu gostava mesmo...
era logo após o jantar.
Quando sentada, no degrau da varanda,
embevecida ouvia dedilhar, seu bandolim!
Quantas vezes você teve que afina-lo...
Só por quê durante o dia, eu cismava de imitá-lo.
E com isso desafinava
o instrumento que você tanto gostava...
Apesar do ciúme que tinha,
do seu querido bandolim...
Nunca disse-me, que eu não deveria mexer
com, você, eu podia fazer tudo que quisesse...
Até as cordas do instrumento eu soltava!
Você com toda paciência as recolocava.
Hoje, que você, aqui, já, não está.
fico a conjeturar...
Você homem do campo...
Simples, rude, que nunca teve estudo.
No entanto, tocava tão bem...
Pistom e bandolim...
Comparo-te a um cristal bruto
Se pudesse ter sido lapidado!
Sem duvida alguma, teria sido
Um grande instrumentista ... meu querido PAI!
14/07/2004
Santos/SP
Respeite Direitos Autorais.
Nadir A. D’Onofrio
Homenagem Póstuma
Hoje em minha varanda
ouvindo doces, acordes de um bandolim...
Lembrei-me de você
a nostalgia, tomou conta de mim...
Todas as tardes eu o esperava,
ansiava pela tua chegada.
Ao vê-lo apontar na esquina deserta,
meu, semblante, de alegria transbordava...
Sua roupa, chinelo, para o banho eu levava,
depois, todo limpo e perfumado.
Chamava-me dizendo.
DI... venha cá... cadê meu abraço?
Ahhh... eu toda dengosa
para teus braços corria...
Com beijos, teu rosto cobria.
você, era tudo o que eu mais queria!
O que eu gostava mesmo...
era logo após o jantar.
Quando sentada, no degrau da varanda,
embevecida ouvia dedilhar, seu bandolim!
Quantas vezes você teve que afina-lo...
Só por quê durante o dia, eu cismava de imitá-lo.
E com isso desafinava
o instrumento que você tanto gostava...
Apesar do ciúme que tinha,
do seu querido bandolim...
Nunca disse-me, que eu não deveria mexer
com, você, eu podia fazer tudo que quisesse...
Até as cordas do instrumento eu soltava!
Você com toda paciência as recolocava.
Hoje, que você, aqui, já, não está.
fico a conjeturar...
Você homem do campo...
Simples, rude, que nunca teve estudo.
No entanto, tocava tão bem...
Pistom e bandolim...
Comparo-te a um cristal bruto
Se pudesse ter sido lapidado!
Sem duvida alguma, teria sido
Um grande instrumentista ... meu querido PAI!
14/07/2004
Santos/SP
Respeite Direitos Autorais.