Para Fátima... toda 'breada' de tinta

Ante um retângulo armado

Intera-se no mundo que é só seu

Onde moram os poetas e os artistas.

Regozija-se no pensamento alado

Com a palma muito suada

Mas o dedo molhado registra,

Aquela singularidade sutil

Aquela capacidade de pinçar

A beleza escondida dos detalhes,

Aquela gentileza nos traços

Aquela percepção das cores

Enchendo de jardins seu espaço.

Nessa arte penetrável e sucinta

Onde a pintura registra e assina

A beleza dos olhos de quem pinta,

Ela extravasa alheada e repinta

O mundo que a alma lhe ensina

Toda “breada” de tinta.

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