DONA DE CASA
 
 
O dia mal amanhece
E antes que ela comece o marido lhe procura.
Levanta correndo da cama, já preocupada
Com o seu entardecer.
 
Arruma o filho pequeno para o colégio
Outro menor para a creche. Na mesa
Tão bem posta, o café fresquinho
Cheira gostoso. Leite, pães e manteiga
Nescau para o filho maior, Danoninho
Para o pequenininho e lá se vão os filhos
E o marido saboreando a vida...
 
Roupa batendo na máquina
Ela vai limpando a casa planejando
O almoço de todos. À tarde chega de pressa
 Louças na pia e em sua mente
Apenas, o que fazer para o jantar?
 
Mas, amanhã é Domingo!
 Dia de alegria, todos na casa em volta da mesa
Felizes nem se dão conta que vão saborear
Aquela macarronada

Ao molho de suor e lágrimas.




Com todos os avanços, com todas as conquistas
que as mulheres vêm experimentando, ainda temos
grande parcela da sociedade feminina que dedicam
exclusivamente suas vidas, à família. Outras que trabalham
como seus maridos, mas, que ao chegarem
em suas casas se duplicam, se triplicam
para dar conta dos afazeres domésticos.
A essas mulheres maravilhosas
dedico esse poema!


Aos maridos
apenas digo: Já está mais
do que na hora
de se tocarem e participarem
ativamente dos trabalhos
domésticos de suas mulheres.



 
Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 21/10/2011
Código do texto: T3290137
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