EU

Sou caveira de sobrenome maldito,

Bem dito por quem ‘inda não conhece

O famoso corpo que apodrece

Nos recônditos dum sepulcro infinito.

Sou mágoa, amargura, cinismo

E no abismo, transpiro vermes;

E meus ossos, deitados, inermes

São dos germes, o idealismo.

Sou, sem plumas ou adereços,

Um ser caído, saído da sombra

De um tamarindo, da alfombra,

Do limbo, agora meu endereço.

>>KCOS<<

P.S. Dedicado a um dos poetas que amo: Augusto dos Anjos.

Karlla Caroline
Enviado por Karlla Caroline em 05/10/2011
Reeditado em 05/10/2011
Código do texto: T3259127
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