EU
Sou caveira de sobrenome maldito,
Bem dito por quem ‘inda não conhece
O famoso corpo que apodrece
Nos recônditos dum sepulcro infinito.
Sou mágoa, amargura, cinismo
E no abismo, transpiro vermes;
E meus ossos, deitados, inermes
São dos germes, o idealismo.
Sou, sem plumas ou adereços,
Um ser caído, saído da sombra
De um tamarindo, da alfombra,
Do limbo, agora meu endereço.
>>KCOS<<
P.S. Dedicado a um dos poetas que amo: Augusto dos Anjos.