Casadinho de paixões

Guido é um escroto, lascivo, putão.

Olha a mulher com o desprezo, desejo, volúpia, comuns nos machos-alfa.

Não se importa com os sentimentos dela. Se ela goza ou deixou de gozar. Se quer ter prazer.

Se ela gosta ou não da sua forma de ser. O importante é o seu ser.

Simplesmente pega, quando quer, quando pode.

Despreza-a se não o quer. Pouco importa os sentimentos. Sexo.

E assim vai vivendo, achando que é feliz, mundo afora, confundindo sentidos, sexo e amor.

Pierre sofre, reflete. Respeita-a e analisa. O ser mulher, o seu entorno, sua beleza interior, sua aura. Seus anseios e visões. Sua força inerente.

Sem a fome do corpo, sem lascívia, mas sutilmente registrando e se entregando a essa magia da mulher. Famélica ou não de sexo, mas com certeza, faminta de amor. Como ele.

Coisa que o Guido não faz.

E nessa entrega, estratégia, realiza os sonhos das almas, que não têm sexo, mas cultivam com os melhores adubos as flores de um éden encantado. De amor.

E colando-a como uma efígie em sua alma, traz consigo, constante, a alegria vibrante, desse algo inebriante, às vezes lancinante, mas deveras importante, paixão...

09/11