ANJO MANCO
ANJO MANCO
Então sábio senhor, o que me dizes das dores,
Dos amores desencontrados, das amarras molhadas,
Torcendo os pés dos incautos, das mentes pobres?
Em que patamar te encontras ? Que alimento te verte?
Me elucidaria tua resposta, canal de fôlego, assombrado
Pela oxigenação da vida em árvores.
São estas mais puras e Senhoras.
Nossa paz.
Tu, pena sem corpo, escrita sem papel, alma sem luz....
Fantasma bestial, dogma de si mesmo, ave sorrateira...
Fim de um ciclo.
És pena de pardal caída de um telhado qualquer,
Sujeira em meu terreno, amalgama na brecha
Da burrice, massificado sob todos bonés.
Teu fim chegará, o aguardo lendo poemas,
Ouvindo canções que jamais entrariam em seus
Ouvidos..........Ah!!!!!!!! como é bom ver-te
Definhar-se, teu tudo se dará em nada.
Contarei estórias de ti, somente pra alegrar
Criaturas futuras, com a exatidão de tua anedota.
És uma piada, apesar do mau gosto, anedota....
Com a face dos canalhas !!!