A ROSA E O IMPOSTOR

Lendo mais um texto da poetisa que admirava

O impostor invejava o lirismo que nela esbanjava

Queria ter um pouco de luz que ali estava

Sentir o sabor da vitória que a vida o negava.

Ciente que a beleza reinava além dos escritos

Porque ela é uma fada de cabelos dourados e lindo sorriso

Tem o brilho do sol, cintilar das estrelas e o azul do infinito

Nem em sonhos poderia imaginar existir tamanho colorido.

Conhecia o carinho que ela dispensava mesmo ao singelo escritor

Não poderia ensinar-lhe porque sua inspiração é obra do Criador

Veiculo sublime que transcreve em versos ternura e amor

Fazendo a vida mais bela, perpetuando a primavera com luz e calor.

Totalmente alucinando, tomado por tamanha admiração

Julgou não ser um pecado colher uma Rosa sem permissão

Recebendo os aplausos dos que achariam ser fruto de sua inspiração

Por ela seria perdoado porque no amor está sublimado o seu coração.

Ela revoltada, tamanha usurpação e indignidade não poderia consentir

Mas para felicidade de todos que a admiravam, sua roseira voltou a florir.

Uma noite num recital viu o impostor declamando seu texto a sorrir

Com emoção, disse-lhe com compaixão:- Eu sou a Rosa e tenho Pena de ti.

Para a admirável, iluminada e talentosa amiga, Rosa Pena.

FalcaoSR
Enviado por FalcaoSR em 09/07/2005
Reeditado em 09/04/2010
Código do texto: T32438
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