A morte de um poeta

"Pousa a mão no meu peito... Eu morro! Eu morro!"

Álvares de Azevedo

Adeus, eu amo os peitos das donzelas...

Bramiu-me ao peito; que me dói a morte,

Do teu ciúme; que me dói a alvura,

Quero-te o amor! Quero-te a forte sorte!

Que me namora; sem pudor ao peito;

Adeus, se os lados se amam tanto amor!

Hei de morrer o teu carinho, à morte!

Se não me amaras como o mal à dor!

Que me namores, sem ciúme ao grito!

Eu morro o peito! Sem namoro ao lado!...

Não serei teu anjo da Luz, à morte!

Nem quero amar-te o coração ao fado.

Não serei teu namorado, à Luz morta!

Que sejas minha! Serei teu poeta!...

Nem poderás ser minha amiga, ao peito;

Ao meu tinir, como a paixão quieta.

Que, ao jovem vate que renasce ao verso;

Do meu lirismo que luzira os prantos,

Quero ser teu poeta, à Luz possante;

Que sejas minha namorada; aos cantos.

Autor:Lucas Munhoz 27/09/2011

Lucas Munhoz (Poeta clássico)
Enviado por Lucas Munhoz (Poeta clássico) em 27/09/2011
Reeditado em 27/09/2011
Código do texto: T3243537