Tatiane

O Sol, quando nasce,

Não pede, antes, anunciação

A Lua, quando dança,

não escolhe a canção.

A flor, se vai brotar,

Não sabe de sua abelha

Nem soube sua beleza

Aquele que a semeia.

Nem mesmo os carnavais

Sabem dos foliões

Tampouco nós, poetas,

Nascemos dos ditames

E como se estrela

- e como não se fosse -

Do mais formoso céu

Ofusca em luz Tatiane

Pois rouba, sem aviso

Sem pedido ou pudor

Sem leis da natureza

Meu desejo anarquizo

Tatiane, onde sou presa

E ela, predador.

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Júnior Leal
Enviado por Júnior Leal em 13/09/2011
Código do texto: T3216427
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