Ana
Nos meus sonhos, infinita
Ressuscita - soberana -
Sabe bem de quem te é!
Quem te vive, não te afana...
Cesse logo meu anseio
De saber só de olhar
Decifra-te quem te esgana
Ânsia, Ana, é o verbo amar.
Quando acordo, já sem vida
Teus passos a me guiar
Teu perfume, rastro ainda
Que um dos sentidos falhar
Quem te vive não te afana,
Te aprende ao se encantar
Já paixão, por ser tirana,
Ana não quer mergulhar.
Quero pouco, assim, da vida
Quiçá tão somente Ana
Uma vez que quem te explana
A bem, só vive a tentar.
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Texto integrante do Projeto Mulheres
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