Alaúdes nas nossas notas modernas
E de que se importam os que aos demais desprezam?
Se não mais é isso que às maravilhas agrada?
Ás simpáticas que falam bobeiras, cantam, rezam
A ver na vida um vão vulto verde na estrada.
Que de tua boca se saboreia muito estes fonemas
Que mais nada são que tua aura que aquece
A todos que com as palavras torcem, tecem
Como a fazer, pra ti, o melhor de todos os poemas.
Mas nada se faz com vãs palavras bem arrumadas
E sim com poucas delas colocadas aos ouvidos
Como um afago que àquele vulto passa e nada!
Como caíres desfalecida em prazer nos braços do inimigo.
Tais chuvas caem como assim que nem te falei
Sem ordem de chegada, hora marcada, destino ou lei!
Ultrapassam! mais não se vulgarizam a burlar a sua vez
Caem firmes e fortes em serras; suaves em tua tez.
De mim ficam aqueles espíritos... misticismo ateu.
Naquela casa existe alguém, o dono está bem longe!
Sem mandado vai ela, a chuva, e o que se sucedeu?
Entrou sem avisar desde ali ao próximo horizonte...
De nada tem em curva discriminada, doce água!
Nem tu quando atiras em arco tuas pétalas-de-seta
A qualquer direção livra outros povos de suas mágoas
Mostrando-lhes como ser errante, mas na direção certa.