DIVINA MESTRA*
Neste dia nublado e ventoso,
ela reviveu em lembrança: minha avó.
Eu deitado, a sentir dor de dente
(- menino, cuidado com estas balas!
- menino, escovou bem escovado? ),
ela assentada esfregando meus pés
suavizando meu mal
(o remédio era seu carinho
não importando o que doía e nem aonde).
Outras vezes eu assentado ao seu lado,
ela, para me entreter, a contar histórias
com o livro, no colo, repleto de lições.
Ao cuidar de mim minorando o mal,
mostrou-me a afetividade.
ao narrar, ensinou-me princípios.
Neste dia sem sol e escovado pelo vento,
seu nome, Augusta, expressa bem
o quê para mim fora: Divina Mestra,
curou-me da melancolia do cinza
se fazendo presente nesta re.cor (d) ação
- Redação do Coração
*Em memória de minha avó.
L.L. Bcena, 19/01/2000
POEMA 330 – CADERNO: ROSA VERMELHA.