O NASCIMENTO DO POEMA
O NASCIMENTO DO POEMA
“Podemos ousar com estimulo e sabedoria. Idealizando o amanhã”
Raymund Hazullw.
Marituba fim dos anos 90, a imagem de cidade pacata e interiorana foi essencial para emergir em jovens a necessidade de questionar através de poesia, poemas, contos e prosas, o silêncio tão presente num lugar cheio de paisagens, personalidades e histórias que nunca foram valorizadas ou regatadas.
A falta de uma literatura local fez com que se mobilizassem, surgi o POMAR, coletivo de jovens poetas locais que significa “Poetas de Marituba”, já com uma grande responsabilidade pesando sobre os ombros: a de semear boas sementes no solo que acabara de lavrar.
Os poetas Ed Wilson e Frank Lauro são a historia viva deste que é considerado o primeiro coletivo de poetas urbanos em Marituba, e essa historia tem de ser relembrada e conhecida por todas e todos.
Mas o POMAR deu seus frutos e murchou como tudo no ciclo da vida. E a poesia se calou ficando à deriva por um inverno longo, anos de escuridão e silêncio.
Marituba início do século XXI, exatamente 2005, brotam questionamentos fortíssimos que não podiam passar despercebidos: cadê a poesia de Marituba? Os poetas de Marituba? E a partir daí as sementes que o POMAR lançou germinam com toda vontade de respirar e surge o segundo coletivo de jovens poetas urbanos em Marituba prontos para a batalha da sobrevivência (armados de desejos alucinógenos, utopias vanguardianas, terrorismo poético, convulsões poéticas continuas) denominada POEMA (Poetas de Marituba) já com o compromisso de resgatar, cuidar e guardar a semente da poesia que foi plantada.
E entre a multidão surda, muda e cega emergi poetas com asas enormes alçando vôos altíssimos para dentro do âmago visceral da poesia que despertou do hiberno sono do silêncio escuro do inverno.
Tocam a superfície terrena seres fantásticos como: João Leno Lima, Manoel Arcanjo, Elga Haynne e Evandro Gaia que fizeram a primeira coletânea urbana de poesia intitulada: “A persistência da memória, a poesia invade a sala” titulo dado por Leno, com a participação e contribuição de Augusto Poeta do coletivo Churume Literário de Belém, logo em seguida materializam-se outros personagens distintos, poetas seletos que se expressam com toda poética livre em 2011 na segunda coletânea do POEMA intitulada “colhendo frutos com mãos de chuva” e berram enlouquecidos seus nomes: Antonio Marcelo! Samara Pinto! Tamires Lima! Edivaldo Tartaruga! Rato! Gilmar Guitar! Frank Lauro do POMAR e Diego Rocha! E desta recém-nascida obra prima espera ser o novo horizonte para estes poetas dispostos a ousar cada vez mais e mais.
Certamente que o POEMA já é considerado um coletivo literário inovador em Marituba, misturando poesia, teatro e musica, tudo isso para não ser mais um perdido no meio da multidão.
Parabéns ao POEMA por cinco anos de resistência periférica poética urbana.
Augusto Poeta do Churume Literário.