UMA ALEGRIA INCONTIDA (Seminalenko Santosov)
A angústia do que fala em mim
Quisera, pois, dizer neste curto momento
A ti, delicadas palavras em sussurros sem fim
Pobre poeta traído por simples esquecimento!
Se para beleza, meus olhos, em treva, cegassem
Reduzindo a vasta natureza em mais puro deserto
Ainda que mil anjos, em coro, berceuse, cantassem
Retumbante silencio do vazio, ouviria, por certo...
Pois, a poesia é um simples pedacinho, uma poeira
Que, quando em meu coração, sorrateira, adentra
Revela todos os sonhos do mundo de u’a maneira
Sensível, suave que parece flutuar como uma pena...
Então, lentamente, em prolongado suspiro, afinal
Uma incontida alegria, que só de um jeito, eu sinto
Arranca do peito, levando, para longe, este mal
Assim, doce amiga poesia, na ânsia, eu te pressinto!
Por SEMINALENKO SANTOSOV, Ministro Sexólogo
Ex Vinagreiro do Reino de Gorobixaba