A escolha de Aline
Aline me falava em descontentamentos
longos,com graça de silêncios,
suas graciosas formas verbais
encobriam um desejo
em desespero
óbvio.
Nem em sonho vi Aline
em afirmativas deveras.
E, agora, quando reluto em resgatar-lhe
a memória de sua face,
me assombro ao perceber
bem mais
que um sexto sentido qualitativo.
O que havia de ser aquela voz
em seus ouvidos surdos?
Aline frustrou-se com suas falsas
garantias incertas,
pesou o medo
e a solidão...
e levou consigo toda sua força,
o seu mistério,
sua decisão...