AH, AI... AS BAILARINAS!

[Comentário que fiz para o texto "Dançava Sem Parar" (T3093246) de: Renato F Marques].

Por que houveste de te apaixonar
por uma bailarina,
que leva uma vida nostálgica,
como missão ou sina?...

Sempre presa a uma barra
e isso é desde menina,
em contagem progressiva
que não vai além dos oito:

1... 2... 3... 4...
5... 6... 7... 8...
Repetidas vezes
e crê na sorte do 13!

Que não deve comer salame
e nem sequer um bom biscoito...
não pega bem à silhueta...
Por sob o seu espartilho afoito...

Há de manter-se sempre bela,
pois sonha e suspira um “pas-de-deux”
e no próximo horário das oito
a protagonizar uma novela...

Olha a vida assim do alto
por sobre as suas sapatilhas...
A aprimorar o seu salto
nas veredas de sua trilha!

Sambar no sambódromo,
nem pensar, pois é asfalto,
tampouco usar muitas cores,
só maquilagem que não brilha.

E ainda desperta amores...
Mas, entendo-te, camarada,
o que é amar alguém assim,
a fazer-nos do mal, o bem,
e de nossa cara, um aipim!

Isto é uma brincadeira!
Amo todas as bailarinas,
sobretudo, os seus pezinhos,
sempre, no formato 10 pras 02,
ou, 10 e 10 - como num relógio!

A treinar pra que o passo assim flua,
em sua vida que é assim ingênua
e *ingenua na distancia do ócio.
Suas formas que se fazem múltiplas
e definitivas - como num caleidoscópio.

São infinitivas, jamais últimas,
afinal, elas são ótimas,
sendo criaturas públicas...
atletas das artes lúdicas,
1º lugar dos pódios!


* ingenua do verbo ingenuar! (Se não existsir tal verbo, acabo de o inventar!...)
Linda sua poesia, que excelente jeito de escrever! Parabéééns!
Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 21/07/2011
Reeditado em 22/07/2011
Código do texto: T3109282
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