Vozes da alma

Silêncio de quietude

Chuva quebra devagar

E junto a lhe acompanhar

Um som que dá acalento

Povoando o pensamento

Com paz, equilíbrio e calma

Por certo são “vozes da alma”

Falando de sentimento.

Falando de trajetória

De infância e mocidade

Falando de amizade

E de estrela que brilha

Falando de nova trilha

Novo rumo, novo caminho

Tendo por base o carinho

O respeito e a família.

De uma grande empreitada

Na busca do conhecimento

Onde trançaras tento a tento

Os preparos do teu saber

De sempre agradecer

E pedir força pra perna

Ao patrão que nos governa

Pra o rodeio do teu viver.

Pra bombear bem na chegada

O lado do vento norte

Não dar lambuja pra sorte

Ter instinto de vaqueano

Mostrar fibra de pampeano

Nos dias de chuvisqueiro

Ser humilde, verdadeiro

E cada vez mais humano.

Pra emalar dentro do peito

Toda a força e a certeza

Que o mundo em sua grandeza

Está bem ali na frente

Com o jeito da tua gente

Cevar mate, jogar laço,

Demonstrar força no braço

E domínio da tua mente.

Pra encilhar a saudade

Com bastos de valentia

Fazer dela montaria

E entre nuvens cavalgar

Quando o dia terminar

Sem ter mais um céu azul

Mirar o cruzeiro do sul

Que ele aponta o teu lar.

Vai guri... Vai guri...

Vai seguir o teu destino.

Vai gaúcho... Vai menino,

Vai no lombo da consciência,

Vai viver nova experiência

Pra nortear a tua vida

Não penses em despedida,

Só em retorno a querência.

Poesia dedicada a Bruno Dorneles(O guri do Fábio) homenageando em primeiro lugar a sua pessoa, pelo ser humano, pelo amigo e pelo filho que é. Em segundo lugar a sua viagem ao velho continente, na busca de conhecimento.

Tabajar Carvalho
Enviado por Tabajar Carvalho em 16/07/2011
Reeditado em 16/07/2011
Código do texto: T3099308