Vozes da alma
Silêncio de quietude
Chuva quebra devagar
E junto a lhe acompanhar
Um som que dá acalento
Povoando o pensamento
Com paz, equilíbrio e calma
Por certo são “vozes da alma”
Falando de sentimento.
Falando de trajetória
De infância e mocidade
Falando de amizade
E de estrela que brilha
Falando de nova trilha
Novo rumo, novo caminho
Tendo por base o carinho
O respeito e a família.
De uma grande empreitada
Na busca do conhecimento
Onde trançaras tento a tento
Os preparos do teu saber
De sempre agradecer
E pedir força pra perna
Ao patrão que nos governa
Pra o rodeio do teu viver.
Pra bombear bem na chegada
O lado do vento norte
Não dar lambuja pra sorte
Ter instinto de vaqueano
Mostrar fibra de pampeano
Nos dias de chuvisqueiro
Ser humilde, verdadeiro
E cada vez mais humano.
Pra emalar dentro do peito
Toda a força e a certeza
Que o mundo em sua grandeza
Está bem ali na frente
Com o jeito da tua gente
Cevar mate, jogar laço,
Demonstrar força no braço
E domínio da tua mente.
Pra encilhar a saudade
Com bastos de valentia
Fazer dela montaria
E entre nuvens cavalgar
Quando o dia terminar
Sem ter mais um céu azul
Mirar o cruzeiro do sul
Que ele aponta o teu lar.
Vai guri... Vai guri...
Vai seguir o teu destino.
Vai gaúcho... Vai menino,
Vai no lombo da consciência,
Vai viver nova experiência
Pra nortear a tua vida
Não penses em despedida,
Só em retorno a querência.
Poesia dedicada a Bruno Dorneles(O guri do Fábio) homenageando em primeiro lugar a sua pessoa, pelo ser humano, pelo amigo e pelo filho que é. Em segundo lugar a sua viagem ao velho continente, na busca de conhecimento.