O Sapo Beijou a Mosca...
A sopa no prato
Névoas fumegantes...
A fome dos lábios
Salivas vulcânicas...
A mosca no ar
Queda livre
.
.
.
Cai...
No prato
A colher mergulha na sopa
Boca insaciável...
A proximidade dos distantes
Toque nefelibático...
O sapo beija a mosca
Ósculo coaxado...
Croac! Croac! Croac!
O sapo se transforma...
(em que eu não sei,
mas em príncipe jamais!)
Ouve-se um zumbido
Em uma frequência inaudível...
Bzzzzzzzzzzzzzzz...
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PS: Uma homenagem sim para uma ex-recantista, mosca na sopa.
PS2: Lá vem...
PS3: Faz uma Era que não escrevo poesia, por vários motivos, alguns deles: preguiça, inadequação à forma, nenhum sentimento de ser um poeta, desânimo, etc.
PS4: Viajei legal na maionese... fiz a poesia com uma enorme dor de cabeça, mas veio a vontade e algumas ideias, não pude me conter.
PS5: Eu queria escrever homenagens a outras pessoas, mas comigo tudo vem naturalmente, não gosto de forçar nada. Por isso...
PS6: Na madrugada!
PS7: Tá, ficou esquisito o poema, mas vou deixá-lo assim mesmo psicodélico.
PS8: Eu gosto de reticências, sempre gostei delas...