MERENDA DA BOCA DE FORNO

Pensei que a vida

fosse eterna.

Pensei que a mocidade

fosse eterna.

Pensei que o Amor

fosse eterno.

Pensei que o casamento

fosse eterno.

Pensei que a mágoa

fosse eterna.

Pensei que o ódio

fosse eterno.

Pensei que a maturidade

fosse eterna.

Pensei que a velhice

fosse eterna.

Projetei a Eternidade.

Maria Eterna,

mulher de meu primo,

Pedro Para Sempre

morreu na mocidade da flor

e ele na idade do Senhor.

Brevidade é uma merenda

comida na boca do forno.

L.L. Bcena, 02/02/2011

POEMA 287 – CADERNO: CHEGADA NO PORTO.

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 05/07/2011
Código do texto: T3076756
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.