MERENDA DA BOCA DE FORNO
Pensei que a vida
fosse eterna.
Pensei que a mocidade
fosse eterna.
Pensei que o Amor
fosse eterno.
Pensei que o casamento
fosse eterno.
Pensei que a mágoa
fosse eterna.
Pensei que o ódio
fosse eterno.
Pensei que a maturidade
fosse eterna.
Pensei que a velhice
fosse eterna.
Projetei a Eternidade.
Maria Eterna,
mulher de meu primo,
Pedro Para Sempre
morreu na mocidade da flor
e ele na idade do Senhor.
Brevidade é uma merenda
comida na boca do forno.
L.L. Bcena, 02/02/2011
POEMA 287 – CADERNO: CHEGADA NO PORTO.