À KELY, enfermeira
Teus cabelos longos,
negros.
Não como penas da graúna.
Eram como os da Iara.
Ela a Mãe D’água,
Você a amiga dos enfermos.
Teus cabelos negros,
Agora curtos.
Podados pela lida
Para dar àqueles a vida.
És mais bela que Iracema,
Filha de José de Alencar
Com a Imaginação.
Tu és real,
Mãe do Lucas.
De Deus, a filha
Para cuidar dos doídos sem alento.
Que teu Pai te abençoe
E te dê a graça
De ver teu filho
Crescido e feito homem.
Para que ele veja
Que teu esforço
Não foi em vão,
Que deu semente frutificada
Da paz e esperança
No coração dos que agora
Sofrem por humanos serem.
Amém e amém
Digam todos também.
L.L. Bcena, 19/02/2011
POEMA 267 – CADERNO: CHEGADA NO PORTO