Soneto À Belém do São Francisco, PE...
Caminhado tranqüilo, solto pela rua
Ando a estrada aberta inocente nua
Em pedra bem arrumada, lisa a pua
Brilhando à minha frente de vida sua
Granito feito à mão de dedos hábeis
Uma sempre atrás da outra, imóveis
Contam cada vida sua história, fósseis
Uma sempre atrás da outra, ignóbeis
A sua história recente de vidas derramou
O sangue de balas que lhe transpassou
Que feridos entre os homens se deixou
Entre pedras forjadas a fogo ardente
Pelo sol e com água fez-se o ar quente
Caminha a história, sozinho somente...