És meu norte
Saí sem muito aceito, um sem muito o que fazer,
Carregando comigo uma angustia, uma dor no peito,
Ora rezando, ora declamando linhas de tristeza,
Era tudo o que cabia n’alma naquele instante.
Sempre ouvir dizer que quem esta perdido busca um norte,
Norteia-se pra se ver num porto,
Num abraço ou num ombro amigo,
Mas o ponto de chegada é tão longe...
A hora não passa, a noite não vem,
A cabeça arde em febre e o corpo pede descanso,
Há se eu pudesse voar...
Sairia pelas alturas deixando pra trás toda essa agonia.
Iria em busca das águas calmas dos mares dos meus sonhos,
Quem sabe na paz do teu balanço eu pudesse renascer,
E ali libertar o meu barco de papel,
Com a sublime missão de trazer-te pra junto de mim.