COM O AZUL DOS OLHOS SEUS
Ainda ontem,
Você era pequena,
Cabelos cacheados,
Voz macia, serena,
Olhos de luz, azulados,
Semeando harmonia,
Por onde você ia...
Ainda ontem eu te pegava,
Nos braços,
Seus passos eram meus passos,
Sobre a areia a beira mar,
Mar azul como o seu olhar.
Ainda ontem,
Brincava com as nuvens,
A mercê do vento,
Conversava com fada madrinha,
Tinha um enorme pavor,
De dormir sozinha,
Chorava, chorava, chorava,
Ate alguém te ninar,
Tudo era inocência,
Um universo encantador.
Tempo que passa – passou...
Entre as curvas de tantos planos,
E os seus cabelos dourados,
Assim, de repente,
O ontem é hoje, agora,
No outono dos seus quinze anos,
Na alma insegura,
Questionadora, inquieta,
Coisas da adolescência.
Tempo que muda – mudou...
O corpo, o comportamento,
Novas prioridades,
Na sombra sonora,
De uma realidade,
Às vezes tão dura,
Que tenta apagar,
Os sonhos de cada dia.
Tempo de reticências...
Mistérios – impasses,
Refletidos na sua face,
Tempo de experiências,
De transformação,
De descobertas,
De apertos no coração.
Tempo de dar um tempo,
Para os contratempos,
Do indefinido traçado,
Elevar o espírito,
Mirar o infinito,
Com o azul dos olhos seus,
E agradecer a Deus,
Pela permanência,
Do amor e da ternura.
- - - - - - - - -
(Para minha sobrinha Catharina; com carinho)
Ainda ontem,
Você era pequena,
Cabelos cacheados,
Voz macia, serena,
Olhos de luz, azulados,
Semeando harmonia,
Por onde você ia...
Ainda ontem eu te pegava,
Nos braços,
Seus passos eram meus passos,
Sobre a areia a beira mar,
Mar azul como o seu olhar.
Ainda ontem,
Brincava com as nuvens,
A mercê do vento,
Conversava com fada madrinha,
Tinha um enorme pavor,
De dormir sozinha,
Chorava, chorava, chorava,
Ate alguém te ninar,
Tudo era inocência,
Um universo encantador.
Tempo que passa – passou...
Entre as curvas de tantos planos,
E os seus cabelos dourados,
Assim, de repente,
O ontem é hoje, agora,
No outono dos seus quinze anos,
Na alma insegura,
Questionadora, inquieta,
Coisas da adolescência.
Tempo que muda – mudou...
O corpo, o comportamento,
Novas prioridades,
Na sombra sonora,
De uma realidade,
Às vezes tão dura,
Que tenta apagar,
Os sonhos de cada dia.
Tempo de reticências...
Mistérios – impasses,
Refletidos na sua face,
Tempo de experiências,
De transformação,
De descobertas,
De apertos no coração.
Tempo de dar um tempo,
Para os contratempos,
Do indefinido traçado,
Elevar o espírito,
Mirar o infinito,
Com o azul dos olhos seus,
E agradecer a Deus,
Pela permanência,
Do amor e da ternura.
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(Para minha sobrinha Catharina; com carinho)