CAMÕES

Luz imensa inunda-me o olhar

Que a divagar navega...

Em mares revoltos... em lutar

Quantas vezes lutas sem tréguas...

Beleza de universo imerso, que

Desse fluíra o reverso que me quer acalentar...

Tão bons pensamentos estão submersos

Nessa consciente inconsciência.

Aqui num mergulho anguloso me precipito

A ganhar nele os mares do infinito...

Faces, sorrisos, algumas lágrimas, sentimentos

Feridos e trespassados, tudo isso paira

Nas águas do esquecimento rememorado.

Lembrança de amores, cafonices, tristezas,

O primeiro namorado, tudo junto

Lembra-me que sou um ser aprisionado,

Quantas vezes em só existindo por

Viver as felicidades do passado...

Vozes confusas, delírios literários, idiotices

Acadêmicas ressuscitam-me da felicidade revivida...

Novamente aéreo, perdido e sem a resposta que me é inquirida

Estou de volta ao mundo onde vivo não tenho vida...

Quem foi Camões?

Não sei, estava navegando.

Gilmar Faustino
Enviado por Gilmar Faustino em 25/05/2011
Reeditado em 25/05/2011
Código do texto: T2992339
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