CAMÕES
Luz imensa inunda-me o olhar
Que a divagar navega...
Em mares revoltos... em lutar
Quantas vezes lutas sem tréguas...
Beleza de universo imerso, que
Desse fluíra o reverso que me quer acalentar...
Tão bons pensamentos estão submersos
Nessa consciente inconsciência.
Aqui num mergulho anguloso me precipito
A ganhar nele os mares do infinito...
Faces, sorrisos, algumas lágrimas, sentimentos
Feridos e trespassados, tudo isso paira
Nas águas do esquecimento rememorado.
Lembrança de amores, cafonices, tristezas,
O primeiro namorado, tudo junto
Lembra-me que sou um ser aprisionado,
Quantas vezes em só existindo por
Viver as felicidades do passado...
Vozes confusas, delírios literários, idiotices
Acadêmicas ressuscitam-me da felicidade revivida...
Novamente aéreo, perdido e sem a resposta que me é inquirida
Estou de volta ao mundo onde vivo não tenho vida...
Quem foi Camões?
Não sei, estava navegando.