LOUCOS

Ainda de que por dó não me falha,

O risco do corte no fio da navalha,

Teimo em deixar os meus olhos abertos,

Para assistir a este destino tão incerto.

A criatura tem o seu poder da transformação...

É intrínseca, mas com a alma totalmente pura.

Lá dentro da sua luz um anjo procura o perdão,

Pela sua forma de agir nesta desvairada loucura.

Passam as horas, passam dias e noites,

Ainda há o perigo de me ferir no açoite...

Sempre ao ver as suas crises, aperta-me o coração,

Eu sofrendo, chorando e rezando por ti meu irmão...

Quando for para o céu que é o vosso lugar,

Deixará saudades por sua vontade de lutar.

Mas, eu ainda fico com essa dúvida tão impertinente...

Por que Deus? Viver assim, sem o controle da mente!

Balneário Barra do Sul, Agôsto de 2005.

Setedados
Enviado por Setedados em 17/05/2011
Código do texto: T2976410
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