LOUCOS
Ainda de que por dó não me falha,
O risco do corte no fio da navalha,
Teimo em deixar os meus olhos abertos,
Para assistir a este destino tão incerto.
A criatura tem o seu poder da transformação...
É intrínseca, mas com a alma totalmente pura.
Lá dentro da sua luz um anjo procura o perdão,
Pela sua forma de agir nesta desvairada loucura.
Passam as horas, passam dias e noites,
Ainda há o perigo de me ferir no açoite...
Sempre ao ver as suas crises, aperta-me o coração,
Eu sofrendo, chorando e rezando por ti meu irmão...
Quando for para o céu que é o vosso lugar,
Deixará saudades por sua vontade de lutar.
Mas, eu ainda fico com essa dúvida tão impertinente...
Por que Deus? Viver assim, sem o controle da mente!
Balneário Barra do Sul, Agôsto de 2005.