Anti-ode ao “verdadeiro” amor
Eu tomo do antiguissimo alcaloide do amor
sabendo que dará tudo em horrivel fracasso
porque será que não vigiei todo meu passo?
Nem sequer me tratei do vicio, deste horror
Talvez eu goste, lá no meu intimo, de sentir dor
e de ter o meu coração esfaçelado no forte braço
da Angustia, nos tristes versos que vou e faço
sempre esta lá, a pinta-los da mais escura cor
Porque dei o amor mais uma chance?
Ele não merecia nem a sua primeira!
Talvez eu realmente seja um idiota
Neste jogo, se repete o mesmo lance
a mesma mentira e a mesma besteira
que toda esta minha visão abarrota